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sábado, 30 de novembro de 2013

Frio!




Não existem dias melhores que um dia frio para se apaixonar.
É o dia em que não necessitamos de um amor, necessitamos amar alguém.
É o dia que o corpo se perde na estética em meio às roupas e dá lugar somente aos pensamentos e palavras.
Você abraça mais, corre, pula e sorri para se manter vivo diante do sopro gelado da corrente de ar.
É quase fúnebre os rostos semi congelados, a eternidade que transmite as linhas do rosto como se o frio pudesse de alguma forma conservar toda a juventude pálida da face.

Padrão Nocivo








Quando escuto a palavra maturidade hoje, sempre vem carregada de puro comodismo, energia jovem que constantemente nadou contra a corrente, estaciona suas convicções e abraça derrotada a ideia de um futuro normal, passivo, longe de qualquer linha de frente.
Que saudade é essa que foge do peito dos meus antigos aliados. Onde está o orgulho jovem, o brilho no olhar, a voz, o escudo e a espada?
Todos estão presos nos seus milhares de dígitos, cuspindo contabilidade, buscando no fundo dos seus olhos a aprovação desesperada de um bom negócio, mas eu não atinjo as expectativas, reprovo suas filosofias, e logo não sou digno de Pluto, filho de Deméter e de Lásion.
O tênis que eu compro tem a única finalidade de ser calçado, a roupa vestida. Cresci na simplicidade de uma família que teve mais amor e suor derramado do que dinheiro, desde cedo sobrevivi com o necessário.
Minha simplicidade é o meu galardão, todavia a sociedade hoje reprime aquele que não aceita os valores atuais, sadicamente procura envolver você no doce véu da aprovação de todos a fim de quebrar as suas bases e manipular os seus desejos quando convém a ela.
Já possuí ouro e prata, fiquei encantado de vê- lós brilhar sob o sol, porém nunca hesitei em joga- lós aos porcos para lembrar quem eu sou.