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sexta-feira, 12 de junho de 2020

O Tempo da Alma






Seu coração se aproxima como um moinho e cacos de vidro, girando as emoções e fragmentando frases que lhe convém ouvir.

Irei subir suas escadas sem qualquer vaidade e rasgar a voz em um blues com seu nome, derreter o seu sorriso fácil e gelado em uma única tentativa.

Suas desculpas para não reagir estão despejadas no tapete de sua porta, reencontre suas promessas registradas em papel e seladas em envelope pardo enquanto seu café esfria na caneca.

Explique seu universo e essa ausência de estrelas, diga algo sobre seu sonho realizado e insuficiente, confronte seu rosto diluído com tempo e dor.

Ouça a canção composta ao piano que lhe faz primavera antes que amanheça, pois o tempo de sua alma é diferente de seu coração.