Parei a motocicleta no meio da estrada para observar aquele céu
bonito de outono, crente que de alguma forma, algo sobrenatural retirasse o
aperto incomodo do coração.
Minhas lágrimas pertencem ao asfalto quente de um dia de sol e o
vento já não pode cortar minha boca.
É possível sentir o cheiro de mar, mesmo perdido em um quilometro
qualquer da BR 101.
Vou recolhendo suor e poeira da estrada, recebendo abraços e
beijos da solidão no acostamento, sem endereço para chegar ao calor dos braços
de Deus
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