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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Estrada...





Parei a motocicleta no meio da estrada para observar aquele céu bonito de outono, crente que de alguma forma, algo sobrenatural retirasse o aperto incomodo do coração.

Minhas lágrimas pertencem ao asfalto quente de um dia de sol e o vento já não pode cortar minha boca.
É possível sentir o cheiro de mar, mesmo perdido em um quilometro qualquer da BR 101.

Vou  recolhendo suor e poeira da estrada, recebendo abraços e beijos da solidão no acostamento, sem endereço para chegar ao calor dos braços de Deus

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