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sábado, 20 de junho de 2015

Luz dos olhos




A maneira com que o sol entrelaça sua luz e calor nas folhas de uma árvore sob a vontade de Deus, foi a melhor descrição que pude alcançar.

Busco no profundo de minha alma equivalente leitura sobre tamanha sensibilidade com que seu rosto compõe seu sorriso pois tanto conheci o mundo e jamais as palavras fizera- se ausentes diante dos olhos.


Sua existência desconstrói minha realidade, afronta minhas regras e em meio a toda essa guerra introspectiva pego- me sorrindo por saber que alguém apenas foi capaz de tudo isso sem saber

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Marinheiro





Qualquer novo adeus não cabe em meu peito. A imensidão do mar atrai meus desejos ocultos por pura solidão, mas tamanho oceano jamais será profundo o suficiente para tocar minha alma assim como seu sorriso.

Escolhi a cor branca das paredes de meu quarto, a qualidade insignificante do vinho em minha taça, mas jamais desejei outro novo amor que tanto me devasta o peito.

Cale minha boca, cuspa-me o rosto, todavia não me diga que ama, por Deus! Meus dias será ainda suportáveis pois me acomodei em lhe ver como utopia.

Que o despertar de sua voz em meu corpo se dissolva com o som das ondas quebrando no casco e que os ventos leve carregue para longe o perfume seu que persiste em minhas vestes.


Deveria eu, marinheiro, temer fortes ventos ou uma imensa tempestade, mas ambas jamais paralisaria- me os membros como esse seu jeito meigo de sorrir

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ondas Curtas





Persisto... Mesmo crente das possibilidades que você escute minha voz sejam remotas.

O rádio está ligado, navegando em ondas curtas, atravessando o oceano de sua indiferença, moldando uma ponte entre o abismo que nos separa.

Desculpe me,  opções são ausentes, nossa canção toca na frequência do velho rádio e atravessa o peito como afiada lança, desmembrando as vibrações da melodia no aço fundido sobre incalculável temperatura.

As ondas compõe o nosso amor e se difunde em um espaço  de tempo onde eternamente escrevemos nosso egocêntrico conto de fadas, o exato momento onde estamos prontos para morrer por ele.

Leio os meus rascunhos açoitados de saudades entre um cigarro e uma locução pirata qualquer, esperando por Deus que em um dia remoto algo toque seus ouvidos.


Que a nossa canção transcenda meu peito e chegue ao seu alcance mesmo que seja em uma oração e através dela possa dizer o que o nosso orgulho nunca nos permitiu depois de tudo