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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os efeitos de Andrea






Seu rosto renasce aos dias como tela branca onde pinto seu sorriso ao longo das horas de um dia singular.

Os efeitos das cores quentes  de sua maquiagem compõe a tua existência e desvincula a dor no peito como a chuva ao surgir, retira as impurezas das folhas das arvores.

Seu olhar desalinha os sentidos, tornando- me frágil ao encontra- los.

A febre intensifica os instintos primitivos e recolho- me antes de qualquer efeito colateral lhe atingir em um curto espaço de tempo.

Seu perfume viaja livre no ar, queima como brasa, obrigando meu corpo a produzir descontroladamente proporções estratosféricas de morfina.

Você encontrou as flores lhe aguardando na cama e decidiu repousar junto a elas como um jardim. Seus efeitos pintaram as paredes do quarto em uma utópica paz confidenciando seus segredos com as sombras que lhe faziam companhia até que novamente os seus olhos despertasse


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Amigo Imaginário




Meia carteira de cigarros para ouvir suas inteiras angústias de amor soltas entre uma dose e outras na bancada do bar.

Abraça-me com um velho amigo de infância e conte- me a razão destes olhos vermelhos e deste whisky com gelo pois tenho a noite de chuva e bosa nova para ouvi la.

Fale deste amor e a arte que o envolve em seus braços, cite Tom Jobim ou qualquer outro poeta falecido e ainda moderno, pontuais em suas palavras tão quanto o frio previsto para a semana no jornal.

Desvende seus próprios rabiscos no guardanapo com a caneta do garçom. Diga- me porque tanto ama?

Trace suas metas para o dia de ressaca, academia e trabalho, banco de horas na empresa ou o banco de espera no ponto de ônibus, quem sabe? Aguarde a decisão no banco do bar a próxima dose ou o pedido sorrateiro do garçom para você se retirar, talvez seja o fato mais sóbrio e concreto ao fim de sua noite.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Espírito meu





Subi aos céus e em um cobertor imenso de nuvens desvendei o seu Oasis.

Oculto eram seus pensamentos e seus olhos viajavam distantes no mapa de estrelas que a contemplavam aquela noite.

A luz provida da lua tocou sua pele como uma oração de fé toca os ouvidos de Deus, sua paz ocupava a rede a qual repousava sobre a guarda de anjos.

Não era mãe ou filha, era mulher de cabelos negros e livres que movia- se com o balançar da rede e a vaidade dos ventos.

Com olhos de menino, profanei suas cores, curvas, percorri cada centímetro possível de suas formas como noite de maré cheia onde o mar toma por inteiro as areias da praia e toca a orla.

Ela desapareceu como miragem e passou a existir como ferida no peito, o que posteriormente se tornaria uma suave cicatriz na qual me deleitei ao despertar...


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Alguns Prazeres




Atrás deste muro guardo o meu passado, meio copo de whisky, fotografias e uma boa canção.
Acordo atordoado com meia dúzia de palavras, um olhar perdido no tempo, procurando meus vícios para apaziguar essa atmosfera incandescente que habita em meu interior.

Andei em silêncio nos acordes do violão, sóbrio e certo que algo mudaria toda a rotina que por instantes me confunde dizendo ser intocável, mesmo em tais condições, resta-me a fé e seguir por ela.

Viajo na poesia que existe através da janela do ônibus, dirigindo a melodia conforme o jeito calmo com que as folhas se movem sobre as ordens do vento, independente dos desejos do clima.


Vou chegar e sorrir como o dia em que encontrei os teus olhos e esquecer subitamente a existência de qualquer muro, multiplicar em mil vezes as minhas palavras e para a vida toda largar meus vícios.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Duelo





Os mesmos sonhos que couberam no bolso da velha jeans rasgada, encantaram seus olhos como um menino ao olhar o mar pela primeira vez.

Certo ou errado, a religião não ousou responder,  porém você seguiu a interpretação dos homens.
Temor a Deus?  Não... Não era em nome de Deus que a espada desejou o sangue quando apontada sobre nossos corações.


Vamos colocar as cartas na mesa e apostar o pouco que nos resta, certos de que ao sentir a lamina da derrota nos perfurar, será algo mediano e parcelado em outras tantas vezes. 

Vamos ensaiar um lindo pedido de desculpas, pois destruímos as nossas vidas e comparamos tamanha devastação a um simples pisão no pé.

domingo, 14 de setembro de 2014

Um erro, caneta e papel






O café ocupou a caneca assim como suas palavras haviam ocupado a casa inteira.
Manhã de indiferença e chuva para regar essas malditas palavras, essas que congelam qualquer resistência, outro novo minuto que você pudesse voltar atrás.

Gostaria de agradecer o sorriso, dividir sua dor, subestimar suas convicções de maneira que sua boca não pudesse devolver.


Não lamentarei o empenho, jamais buscarei as causas ou qualquer explicação espiritual, física e social para tanto desprezo, apenas permitirei que as folhas recebam o verão, inverno e tantos outonos que seguiram sem que volte a macular essas terras com seus pés.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Estrada...





Parei a motocicleta no meio da estrada para observar aquele céu bonito de outono, crente que de alguma forma, algo sobrenatural retirasse o aperto incomodo do coração.

Minhas lágrimas pertencem ao asfalto quente de um dia de sol e o vento já não pode cortar minha boca.
É possível sentir o cheiro de mar, mesmo perdido em um quilometro qualquer da BR 101.

Vou  recolhendo suor e poeira da estrada, recebendo abraços e beijos da solidão no acostamento, sem endereço para chegar ao calor dos braços de Deus

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Olha Amor!





Olha amor!
Eu to querendo fugir do descaso.
Eu to querendo um cantinho, um abraço.
Um segredo só eu e você.

Veja bem amor!
Deseje o presente e não o eterno.
Quando você vai para casa, meu coração é um inferno.
São momentos para esquecer.

Olha amor!
Eu to querendo fugir do cansaço.
Eu quero um cantinho, um abraço.
Um desejo só eu e você.

Veja bem amor!
Desejo o presente e o acaso.
Quando você vai para casa, meu coração é um atraso.

São meus momentos sem você.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Guerra Fria







Sigo refazendo os cálculos, digitalizando razões, andando em círculos no front.

Estou atento, armado até os dentes para uma batalha sangrenta de repercussões incalculáveis e que no fim jamais irá acontecer.

Estava certo que minha paz estava em algum cativeiro nos subúrbios de seu coração, quando a realidade era que ela havia dissolvido em minha insana busca por honras pós conflito.

Agora você conta os lucros enquanto faço a ronda nas trincheiras com minha insônia e munição.

Os pássaros recolheram- se aos ninhos, sinal evidente que a noite está próxima. Recolho lenha para trazer luz ao breu oculto das horas que seguiram, certo de que necessitarei me aquecer do frio, espantar os lobos, falar com Deus

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Dimensão Introspectiva.





Dividimos o mesmo caminho e em uma noite nos dividimos.

Escutávamos os mesmos conselhos e desaconselhados perdemos o rumo certo.

Enfrentamos a tenebrosa tempestade até que em um dia de sol ressecamos nossos sonhos.

Sujei minhas mãos de sangue, certo de que logo teria minha cabeça a prêmio.

O ceticismo envolveu nossos corações e passamos a nos comunicar congelados de medo.

As lágrimas registradas em carta, entregue ao destinatário, todavia a redenção jamais retornou como resposta.

Os dias cumpriram seu fantasmagórico papel e logo deixei de pertencer ao mundo.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Karasu




Acordei jogado no acostamento da estrada com as roupas rasgadas e cabelo raspado, próximo a um pequeno hotel.

Caminhei até a recepção do estabelecimento, pedi um quarto e alguns maços de cigarro. O atendente não ousou questionar absolutamente nada enquanto Chris Isaac tocava no velho rádio ao fundo.

10 cigarros seguidos e não faz uma hora que estou no quarto branco de cortinas cinza, dividindo- me entre a dúvida e a resposta.

Resolvi tomar uma ducha e só então percebi o furo no peito, talvez produzido por uma arma de fogo, porém indolor.
Meus sentidos pediram demissão e já não espanto- me com a face fúnebre no espelho do banheiro. Perdido nas horas, perdido no tempo, vida...

No primeiro tiro não apaguei, em seguida outros tantos disparos no decorrer dos dias, contudo ainda estou em pé.

Esse talvez fosse o segredo para estar vivo. O castigo do pecador é ser obrigado a viver?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Incondicional amor





Mesmo que o sol não venha nas manhãs de final de semana.

Mesmo que o mar venha bater a porta de casa entregando seus tesouros.

Mesmo que o vento não deseje fazer nenhum sentido ao trazer o passado.

Mesmo que as nuvens desenhem o futuro de forma abstrata.

Mesmo que o céu escureça seu azul e meu coração.

Mesmo que o destino toque minha alma e a partir deste feito, minha luz se torne uma só.


Nada será Maior que o êxtase profundo que meu ser atingiu ao ouvir tua voz e contemplar tua existência.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Hollow Hills





Trevas que habitam corações.

Mentes discernindo o caos.

Orações melancólicas vindas de um pesadelo profundo.

Vem perfurando os ouvidos.

Calando multidões enfurecidas.

Logo as posses irão reivindicar.

Um reino sem povo.

Onde uma pessoa irá representar uma nação.

Logo ficaremos juntos querida.

Ainda que o destino venha nos apunhalar.

Eu sei que iremos morrer juntos.

Somos dependentes de uma mesma luz.


Quando ela se apagar, será o fim

terça-feira, 6 de maio de 2014

O Último Ato do Espetáculo





Com o decorrer dos dias, o fogo foi apagado e a fumaça foi carregada nos fortes ventos da planície, revelando assim o meu amor contra a sua indiferença.

Você alimentava o drama, procurando uma boa trilha sonora para um fim heroico, oposta a realidade e bloqueando as janelas do bom senso contra qualquer investida de minhas verdades.

Duvidei das palavras do coração, pois já não eram coerentes com os fatos registrados na retina.

Não censurei o tempo que movia os ponteiros do relógio de pulso, apenas observei as roupas criando movimentos livres enquanto penduradas no varal, encontrei mais amor sobre aqueles pedaços de tecido exalando aromas do sabão se comparados aos seus monólogos.

Troquei de cidade, acordei cedo e fui à praia. Na areia escrevi seu nome longe das ondas, aguardando a maré subir com o entardecer e assistir as ondas enfim carregar- lo ao mar do esquecimento.

Depois da tempestade você tentou sintonizar, mas encontrou uma fechadura nova na porta, insistiu em olhar nas brechas da janela, porém a casa estava vazia. Você então recolheu sua culpa e embarcou no primeiro navio para uma terra distante, sem platéia, sem aplausos. Assim como eu escrevi no último ato...

sábado, 3 de maio de 2014

O Luís que nunca fui




Meu nome poderia ser Luís, todavia de fato não sou...

Luís poderia ser feliz por toda a vida, abraçando seus filhos depois de um dia cheio de trabalho ou até mesmo vivendo em um sítio longe da cidade, criando sua prole de maneira simples, humilde e honesta.

Luís poderia ser formado em psicologia, direito ou música. Possuir uma casa em Manaus ou viver em alguma parte fria da Europa como juiz.

Luís poderia ser católico, espírita ou ateu. Preferir café no coador, solúvel ou apenas um chá quente em suas manhãs.

Luís poderia ser politicamente correto, amar Ana, Patrícia ou Mariana.

Luís poderia fazer telecurso 2000, se interessar por carros ou apenas jogar futebol nos finais de semana.

Luís poderia possuir incontáveis amigos, viver sem drama no deserto ou vender panelas de porta em porta.


Luís poderia escalar montanhas,  ser ativista do Green peace ou presidente da república, mas no fim, jamais irei desvendar de fato o seu destino pois nunca serei Luís.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

[Edição Especial] Frases Soltas Parte 2





“Náuseas constante ao ver a palavra perfeição usada para humanos, piora quando envolve seus talentos... Quanta repulsa me tenho do ego inflado, essa promoção de bobo da corte ao reinado em segundos... leave me alone!”.

“Gente normal, quando encontra um caderno de ex-namorada perdido na sua casa, guarda ou joga fora.
Eu já enrolei e fumei metade do caderno”.

“vibe positiva e o resto q se exploda!”.

“Você se achando louco porque tem um grupinho de amigos que fala merda no meio da rua enquanto eu me acho normal por sair para andar 20 km na rua, 1 hora da manhã, em São Paulo, ser assaltado, fazer amizade com os assaltantes e eles não levarem nada e agradecer pelo papo e de quebra... logo depois do assalto, ter que dá um laço no tomara que caia de um traveco no ponto de ônibus porque ele pediu educadamente e eu simplesmente sou gentil!”.

“Pra que disseminar ódio no facebook? estender roupa no varal é muito mais terapêutico”

“Meu país discute regulamentação da maconha, porque a saúde, educação e segurança pública crítica não vai fazer copa do mundo ou trazer qualidade de vida, agora ficar doidão vai ser muito melhor”.

“Vendo uns trabalhos e olha o que encontro:

“ Bom,meu nome é Amanda tenho 16 anos moro em São Bernardo do Campo sou lésbica e meu sonho sempre foi trabalhar na TV"

Como assim?”.

“O SBT cedeu a pressão do PSOl, PT e PC do B e agora eu te pergunto, onde está a democracia que tanto se discute existir ? Marx está aplaudindo de pé!”.

“Você pode ser a pessoa mais sensacional do mundo, mas quando ama, se comporta como um macaco tentando colocar objetos geométricos nos respectivos buracos”.

“Um cara tarado da Tunísia me adicionou, fez elogios ao blog e perguntou se eu era menina.
Quando eu digo que só acontece comigo, ninguém acredita”.

“23 anos e mais de 30.000 km rodando diversas cidades do Brasil, conhecendo histórias de vida em uma cidade pequena ou passando as madrugadas na praia. Colecionando nomes, culturas e sotaques com pouco dinheiro no bolso e muita liberdade.
Hoje eu decidir fazer a última viagem, mesmo não conhecendo a distância, mas tenho a direção, o coração dessa mulher...”.

[Edição Especial] Frases Soltas Parte 1







"A culpa de tanta garota sofrendo tem nome: Walt Disney".

“Desculpe vizinhos a minha falta de sensibilidade em notar que estava discutindo política com prestadores de serviço do PT na porta da minha casa de modo radical. Não pude notar que meu tom de voz estava tão alto quanto a minha indignação pela política de nosso estado, deixei o militante sem argumentos partidários, pois quando a voz de homem justo discute justiça, o injusto se cala diante da vergonha”.

“Ouvindo Roberto Carlos e me perguntando por que ele não é depressivo com as próprias músicas ou por que diabos eu fiz um CD depressivo de Roberto Carlos...”.

“2013 vai ser um ano diferente, terei que coloca o 3(2013) no lugar do 2(2012) quando for datar algo...”.

“Esse ano não terei motivos para comemorar, foi um ano complicado, cheio de pedras e cicatrizes que marcaram profundo a minha alma, mas existem pontos positivos com tudo isso, porém ainda é cedo para determinar o que mudou.
Obrigado amigos pela força e a paciência nessa jornada abstrata que passei esse ano, espero que 2013 seja um ano prospero e multiplicador em todos os aspectos para todos nós”.

“As mulheres mais lindas do Brasil estão todas concentradas na Paraíba...”.

“Uma vez me perguntaram por que eu não era um cara normal, fiquei intrigado com o título “normal”, fui pesquisar na vida o que se tratava o tal sujeito.
Descobri que os sujeitos normais traem seus amigos, tem filhos com diversas mulheres, o seu maior patrimônio é o seu narcisismo, dinheiro é sinônimo de sua alegria e tristeza, nunca amou ninguém, não chora, não sorri, não pensa, não perdoa e veste uma fantasia elegante de pessoa realizada o dia inteiro”.

“Um funkeiro subiu uma montanha, ele gostaria de ver o sol partindo para o dia no Japão, olhando aquela paisagem magnífica pensou em uma boa trilha sonora para o momento, logo meditou a letra”... “novinha, vem descendo até o chão na dança da bunda de não sei o que da samambaia”.

“A pessoa gosta de ti, e quando menos espera vem a decepção e ela se afasta, qual é o sentido? vc achou que eu era de outro planeta? vc é tão falho quanto eu velho! Não venha burocratizar sua friend list porque te mandei ir a merda, foi só um conselho pois você falhou primeiro ( este artigo inútil não tem fins de indiretas, recalque ou lecionar vadiagem)”.

“Aprendendo muito, com muita humildade to chegando lá! Nada está tão distante quanto antes...”.

“Pô... nem quando se estrepa no chão poupa as pessoas, as mesmas frases de amor hoje são as cantigas de escárnio amanhã, parece o disco da Xuxa tocando normal e depois invertido”.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Paz




Autor: Renato Fenix.

Hoje eu decidi acabar com o meu sofrimento, dando um fim a minha própria vida. Sento no chão segurando uma faca, enquanto reflito sobre toda minha vida. Eu corto meus pulsos sentindo uma leve dor. No primeiro momento sinto um pouco de medo, por não saber o que virá pela frente, mas no instante seguinte eu sou tomado por um profundo sentimento de paz.


Vejo meu sangue se esvair de minhas veias, minha visão começa a ficar turva. Nesse momento vejo o rosto deforme de alguém que chora e chama meu nome. E quando estou perdendo os sentidos, as ultimas palavras que ouço são... Eu te amo. Nessa hora percebo que quem está ao meu lado é a pessoa por quem sempre sofri e amei.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Andando na linha






As pessoas me olham com um sentimento nostálgico...

Existe uma pressão para que eu volte a ser o personagem egoísta, manipulador, dedicado ao mal, multiplicador do péssimo comportamento dentre tantas outras coisas.

Minha vida foi a mais rock'n roll possível, um ano viajando e conhecendo tantos lugares, fumando cigarros caros, muitas mulheres, amores, álcool, drogas, músicas, bandas até que... estava morrendo.

Se isso é viver, porque estava me matando? Não coloco a culpa em um cigarro só, ou em alguma droga não, a vida inteira é que não funcionava corretamente mesmo.

Não era a qualidade de vida ou o lugar em que estava, o que me matava antes era o meu vazio em não ver o porque de tudo isso.

Muitos aqui talvez não tenham ideia do que é ser vazio tendo tudo o que desejou ou achem careta toda essa mudança de foco.

Cara... beber cerveja no café da manhã todo dia parece ser legal, parece ser o mais próximo da palavra liberdade, porém, qual é a liberdade de um cara de vinte e poucos anos morto por overdose, ou qual é o valor de um alcoólatra na rua quando você olha pra ele?

Essa era cura da minha monotonia, cheia de efeitos colaterais, um deles... morte.

Isso era o Karasu, St. Fihh Valo, Fihh, Filipe. Vivendo em queda livre em um buraco escuro.
Hoje me encontro em terra firme, sorrindo sem efeito de nada.

Estou muito feliz, não lembrava de tal efeito revigorante.

Por fim, nada irá me fazer olha para traz e desejar a dor novamente!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Bem que tentei falar de Amor




Comprei sua atenção á prazo, dividindo meus sentimentos em trezentas leves prestações.

Estava tudo escrito, aguardando alguém que por alguns minutos encontrasse em cada linha todos os seus defeitos.

Admito que tenha prazer em ser seu expectador, observando estes caras concordando com todos os seus exageros. A culpa não é destes garotos, o livro sobre “como conquistar uma mulher” sugeriu que é preciso deixa- la confortável em relação a sua imagem, porém os muros de regras não permite qualquer autonomia não contida no conjunto de páginas de capa mole por R$ 19,99 encontrado na estação do metro, o que torna o pobre aluno, um fantoche administrado por um autor sádico. Com o tempo, este  sentimento fictício é diluído e no fim os caras desaparecem.

Eu aqui falando sobre defeitos alheios, mesmo revestido de tamanha imperfeição, repleto de erros e finais hollywoodianos tristes. Este ano poderia passar no tapete vermelho e receber o Oscar ou contar minhas histórias de vida abordo de um ônibus para talvez receber uns poucos trocados

domingo, 27 de abril de 2014

Despedida





Autor: Renato Fenix.

Após viver uma vida infeliz, finalmente poderei descansar em paz. Paz essa que desejei mais que tudo, porém nunca obtive. Vivendo sempre angustiado e atormentado pelos erros que cometi, pelas vezes em que permiti que meus medos fossem mais fortes que eu e por toda a minha tristeza. E até o presente momento minha alma era tomada apenas por esses sentimentos.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Alma Perdida


NOTA: antes de tudo, quero apresentar o novo colaborador do blog, Fenix e seu primeiro post logo em seguida, seja bem vindo ao Olocaos281:



Emocionalmente confuso, não sei mais quem eu sou, o que eu desejo ou porque estou vivo. 

Eu me pergunto por quanto tempo eu ainda suportarei continuar fingindo que está tudo bem, mesmo não estando. Sufocando o meu ódio, minha tristeza, minha dor e minha solidão. Vivendo com a angústia de procurar por algo que complete esse vazio dentro de mim, mais que eu ainda não descobri exatamente o que é... 

Às vezes tudo que eu queria era apenas gritar, mas quando tento nenhum som sair da minha boca, nem mesmo um sussurro. 


Sinto que o meu corpo está fraco e cansado, quando na verdade é minha alma que está ficando cada vez mais fraca e cansada. Em meio há alguns sorrisos forçados, eu sinto uma imensa e profunda tristeza. Enquanto sonho com o dia em que tudo isso acabe.

Escrito por: Fenix

Minhas flores, seu jardim.




Tenho preferência por você sem maquiagem, permitindo que o tom de sua pele brinque com seus cabelos ondulados e multicores.

Deixa esse seu perfume tomar de assalto esse meu coração, distrair meus sentidos na leveza de um sorriso teu.

Gosto de observar você na grama, sem drama.

Essas suas mãos orquestradas por seus pensamentos, criando arte, mãos que pintam seus olhos e a vida pelas manhãs.

Eu to fuçando seus segredos, desenhos ou sorrisos, procurando um espaço entre seus braços para, Deus sabe quando, tornar- me ao menos uma canção em seu caderno.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Queda Livre






Por tanto tempo.
Deixei de lado o amor.
Idolatria e afeto davam certo calor.
Pela estrada.
Eu me encontrava tão só.
E a cada ponto na parada tinha alguém pior.
No meu caminho? Pensei que sabia amar.
A minha vida egoísta não deixava lugar.
E chega a noite Já não se poder dormir;
Era um cigarro atrás do outro até o medo sumir.
Seguia em frente.
Eu não podia parar.
A minha imagem no espelho parecia brilhar.
Era vazio. Não tinha luz ao redor.

E a cada dia que passava ainda ficava pior.

Deus! Que pode me escutar!

Não tenho direção. Não consigo parar.

Deus! Em queda livre. Não posso voar!

Só o teu amor agora pode me salvar!

Certo dia.
Já consumido de dor.

Quando se vive no pecado o mundo perde a cor.

Eu entreguei.

A minha vida ao Senhor.

E o Deus do impossível a minha vida salvou.

E hoje eu sou! A prova do seu amor.

A cada dia que se passa não existe temor.

Tua vontade.

Agora é parte de mim.
É a verdade que liberta e sigo até o fim.


domingo, 20 de abril de 2014

É claro que na luz de uma bela manhã, eu irei te encontrar






Uma igreja ou casa?

Não foi meu foco descobrir para onde minha imaginação havia me conduzido.

Sei que aqueles eram seus olhos, nuca e boca, reconheceria teu sorriso até quando a visão se tornasse ausente.

Não existia dor que penetrasse seus pensamentos ou assinatura de juiz que decretasse a prisão de seus sonhos.

Falava sobre seus pensamentos e o amor de Deus, sem religiosidade e livre de toda ou qualquer vaidade, conduzida de uma forma espiritual o que seu coração desejava estabelecer como amor.

Eu apenas escutava com atenção, munido de uma paz longe de qualquer medida terrestre. Não recordei o quão doloroso foi o caminho até chegar aos seus braços, apenas agradeci em pensamento por ser capaz de possuir o imensurável poder de amar tudo que constituía aquela mulher.

Ao acordar, encontrei- me confuso no silencio do quarto de paredes brancas enquanto o peito dizia apenas para acreditar...

terça-feira, 15 de abril de 2014

Meu jeito de ser gente feliz




Fui viver o mundo e só voltei para te contar.

Troquei o diploma da universidade por uma dose de gim.

Dias em que amei e dias em que fui amado.

Brasília, Salvador ou Recife, todos somados em um grande punhado de terra chamado Brasil.

Minha terra, terra essa de Emanuela ou Amanda.

Conheci gente feliz e triste que abracei como um velho irmão que não encontrava há tanto tempo.

Fui história na tímida menina do campo ou abraço na tristeza do primo de sangue para que ao fim pudesse ser amado ao amanhecer nos braços da moça de cabelos dourados.

As portas sempre estiveram abertas, apenas fui corajoso em entrar por elas.

Fui feliz ao festejar com uma garrafa do mais sofisticado vinho, bons drink’s na praia ou na simplicidade de uma garrafa de vodka nacional em uma casa de barro com bons companheiros a festejar.

Muito aprendi com um velho senhor na praça da cidade ou com as crianças brincando na rua.

Gente que chegava trazendo alegria ou gente que partia deixando saudades.

Buscando ser a refinada magia em uma frase de minha própria autoria ou apenas dizendo duas palavras.

Pilotando a vida sem capacete, questionando ou questionado, vivendo contos que não escrevi.

Gente de muito longe ou perto, até mesmo de outro país, sempre embarcando no inusitado modo de ser gente feliz!

Natal ou Cuiabá, me perdendo no bairro 1° de Março para depois me encontrar nos delírios da rua Conto de Areia.

Sem aviso prévio ou nome na folha de pagamento.

Até onde o converse preto resistir em caminhar ou a ventania do litoral assim permitir.

Contemplando o sorriso da amada ou assistindo ela partir.

E se por um instante, em qualquer lugar desta terra você escutar o meu nome, jamais se espante com o sorriso que nascerá no rosto de quem por mim chama.

Esse é meu jeito de ser eterno irmão. Deixando sempre uma parte de mim em cada metro que pisei para depois não dizer que jamais fui gente feliz.

O homem de 2074.






Dr. Augusto voava em direção a sua amada Júlia no Brasil...

Augusto era um jovem e brilhante cientista brasileiro, seus feitos no país lhe renderam uma oportunidade para trabalhar nos Estados Unidos com o melhor da tecnologia existente no mundo.

No exterior conheceu a jovem e também brasileira Júlia com quem se casou pouco tempo depois. O amor de ambos era intenso, o que motivava o jovem Augusto e foi o alicerce para grandes avanços em seus experimentos.

Júlia permaneceu ao lado de Augusto por 2 anos e retornou ao seu país de origem com a promessa de que o doutor a reencontrasse logo em seguida. O tempo sempre será dono do mundo e a promessa de Augusto se estendeu por mais um tempo devido a sua liderança em muitas pesquisas realizadas no laboratório. 

Augusto se encontrava entre dois amores e Júlia, mesmo amando incondicionalmente o jovem doutor, não suportou a distância e os já concluídos 2 anos de desencontros, o que resultou na separação.Dr. Augusto desmoronava com as consequências de suas escolhas, mas mantêm- se firme em seu trabalho, o que lhe rendeu um Premio Nobel dias após sua separação.

Os anos caminharam arrastados para os amantes que não se amavam...

Certo dia, Augusto recebe uma ligação de uma amiga próxima de Júlia na qual informava que a sua ex- mulher possui um câncer em estágio avançado e que lhe restava pouco tempo de vida. Augusto desmoronou novamente aquela noite enquanto meditava sobre suas escolhas e o quanto elas pesavam por todos esses anos em seu coração. Ele decidiu retornar para seu país  durante a mesma noite.

Dr. Augusto havia chegado ao Brasil e estava procurando o quarto de Júlia já no hospital. No corredor próximo ao leito, um médico idoso saiu de um quarto com a cabeça baixa e quarto, Augusto percebeu que se tratava do leito de Júlia e questionou o senhor idoso de jaleco, porém o velho homem apenas disse não ser médico.

Júlia havia falecido, seu rosto, ainda jovem, esboçava uma paz distante de seu sofrimento com a doença. Augusto abraçava e chorava sobre o corpo ainda quente de sua amada e diante dela jurava que de alguma forma a encontraria.

Dr. Augusto retornou para o exterior e iniciou uma pesquisa ousada com uma equipe de cientistas. A meta do grupo era criar um mecanismo que lhe proporcionasse uma volta ao passado, uma máquina do tempo.
Augusto estudava todas as teorias, passava semanas sem dormir, lendo e rasgando afirmações e estudos dos maiores físicos.

O governo dos Estados Unidos estava ciente dos planos de Augusto, embora o jovem doutor possua uma brilhante capacidade, estava atingindo o extremo da loucura com recursos federais sem resultados possíveis de serem concluídos.

Em pouco tempo os recursos foram cortados aos poucos e as pesquisas avançando lentamente até que grande parte da equipe desistiu da experiência restando apenas um colaborador.

O mundo passava no lado de fora do laboratório, a luz do sol descaracterizava os algarismos do quadro negro e os olhos de Augusto assistia o movimento da natureza com alguém que jamais enxergou. A dança do vento sobre seu jaleco movimentava suas mãos que ao tocar o quadro, trouxe o resultado final para sua indagação e assim, divinamente escrita por uma força além de toda ou qualquer compreensão humana, Augusto definitivamente cria seu próprio Frankenstein, a máquina do tempo.

O governo observava os avanços do doutor a distância, Augusto executava seu projeto ciente que a qualquer momento algo externo poderia interferir o processo de aplicação e o tempo se tornou seu inimigo maior.

Setembro de 2074, 60 anos de pesquisas chegou ao seu resultado e hoje seria o dia D da história do homem que dedicou sua vida em uma pesquisa para reencontrar seu grande amor.

Os sistemas estavam alinhados e os núcleos carregados, Augusto checava cada relatório do computador para identificar possíveis erros, mas todos os equipamentos funcionavam com perfeição divina, o que por ocasião foi batizado como “ A Mão de Deus”.

Pouco antes de executar a máquina, o doutor foi até o quarto do alojamento e se olhou no espelho, admirava como o tempo modificou seu rosto que beirava os 84 anos, talvez Júlia jamais o reconhecesse neste estado, a hesitação tomou conta de seu coração, porém Augusto notou as fotos de casamento espalhadas em uma mala aberta e emocionado retoma as forças ao ver como os olhos de Júlia brilhavam sobre aquela ocasião.

Era chegada a hora e Augusto estava dentro da área de transportes munido de um antídoto com a cura total do câncer já descoberta em sua realidade e um cinto no qual faria a comunicação entre as dimensões, mas teria apenas  1 hora até que a máquina o trouxesse até a sua atual realidade dimensional. O único assistente acionaria a máquina para o ano de 2014, alguns minutos antes a morte de Júlia devido aos núcleos de energia não suportar além deste desempenho. Assim iniciaram o processo e Augusto partiu...
A fenda criada encaminhou Augusto ao nostálgico corredor, o doutor logo seguiu em direção ao quarto da amada e abriu a porta. Júlia estava sobre a cama, acordada e perplexa, olhava fixamente para o velho homem de jaleco como se fosse explicada toda a situação no ar. Júlia ergueu os braços e Augusto aos prantos seguiu para abraça- La.

- Eu sou o Augusto do futuro. Disse o velho doutor.

Júlia espantada ao reconhece- ló disse:

- Eu sabia que você viria, eu clamei a Deus por isso e ele me atendeu, porém não esperava que você chegasse do futuro.

Augusto sorriu com a afirmação da amada, mas a situação de sua doença recolheu o coração do doutor que logo buscou o antídoto no bolso enquanto explicava o feito, porém não o encontrou em nenhum lugar.
A moça assistia o desespero de Augusto em procurar o antídoto que tinha certeza de possuir e interrompeu sua busca ao chama- lo:

- Augusto, você já quebrou muitas regras do homem para estar aqui, você ultrapassou o limite entre sua própria existência.

O doutor não conteve a decepção, seu tempo estava se esgotando nesta realidade e ele não poderia fazer nada em relação a doença de sua amada Júlia.

- Júlia, por todos esses anos eu sempre te amei, trabalhei por 60 anos para possuir talvez 20 minutos para lhe dizer isso... Não consegui chegar a tempo nesta realidade...

Júlia colocou a mão sobre a boca do velho doutor e apenas pediu a ele que a abraçasse.

- Você chegou a tempo, está aqui agora, então me abrace.

Augusto abraçou o corpo debilitado da jovem.

Aos poucos, Júlia foi perdendo as forças e desfalecendo sobre a cama enquanto os aparelhos acusavam constantemente algo de errado. Augusto compreendendo a situação saiu da sala no meio de médicos que o empurravam para adentrar a mesma.

O Velho doutor Augusto fechou a porta e seguia no corredor quando o Augusto desta realidade o abordou questionando- o se o velho Augusto era o médico de Júlia e ele disse sem olhar nos olhos do homem:

- Não sou médico...

Após 15 minutos, o velho doutor Augusto retorna para sua realidade e observa sua criação e o que ela proporcionou ao cansado e velho homem que a criou. Junto ao seu assistente, Augusto  conversa sobre o ocorrido na outra dimensão e o futuro da invenção, porém o aparelho começou a sinalizar um sobre aquecimento nos núcleo de energia que entraram em estado crítico após o retorno a realidade. Augusto tentou desativar as células responsáveis por armazenar a energia do aparelho, mas não houve êxito e o doutor e seu assistente foi obrigado a abandonar o local por segurança.

A máquina do tempo explodiu e levou todo o edifício localizado em uma área isolada do centro urbano...
O governo dos Estados Unidos enviou equipes para avaliar as causas do acidente e se existia vítimas no acontecido, porém não sobrou muito do local após o incêndio que decorreu depois da explosão. O doutor Augusto e seu assistente não foram encontrados e depois de 5 dias foram dados como vítimas da ocorrência e simbolicamente enterrados com honras.









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