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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Estrada...





Parei a motocicleta no meio da estrada para observar aquele céu bonito de outono, crente que de alguma forma, algo sobrenatural retirasse o aperto incomodo do coração.

Minhas lágrimas pertencem ao asfalto quente de um dia de sol e o vento já não pode cortar minha boca.
É possível sentir o cheiro de mar, mesmo perdido em um quilometro qualquer da BR 101.

Vou  recolhendo suor e poeira da estrada, recebendo abraços e beijos da solidão no acostamento, sem endereço para chegar ao calor dos braços de Deus

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Olha Amor!





Olha amor!
Eu to querendo fugir do descaso.
Eu to querendo um cantinho, um abraço.
Um segredo só eu e você.

Veja bem amor!
Deseje o presente e não o eterno.
Quando você vai para casa, meu coração é um inferno.
São momentos para esquecer.

Olha amor!
Eu to querendo fugir do cansaço.
Eu quero um cantinho, um abraço.
Um desejo só eu e você.

Veja bem amor!
Desejo o presente e o acaso.
Quando você vai para casa, meu coração é um atraso.

São meus momentos sem você.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Guerra Fria







Sigo refazendo os cálculos, digitalizando razões, andando em círculos no front.

Estou atento, armado até os dentes para uma batalha sangrenta de repercussões incalculáveis e que no fim jamais irá acontecer.

Estava certo que minha paz estava em algum cativeiro nos subúrbios de seu coração, quando a realidade era que ela havia dissolvido em minha insana busca por honras pós conflito.

Agora você conta os lucros enquanto faço a ronda nas trincheiras com minha insônia e munição.

Os pássaros recolheram- se aos ninhos, sinal evidente que a noite está próxima. Recolho lenha para trazer luz ao breu oculto das horas que seguiram, certo de que necessitarei me aquecer do frio, espantar os lobos, falar com Deus