Encaixo- me em teus braços como a engrenagem do relógio da
vida propõe a fazer com o tempo.
Apenas não trata-se de escolhas quando minha mão percorre
sua nuca e por Deus suplica para que tal fogo continue ardendo e atravesse as
nossas almas.
Somos imigrantes de um amor repleto de contextos, porém
incapazes de escrever o próprio romance, insistindo ao fracasso anterior que
por alguma razão foi abortado como mariposas voando ao redor da lâmpada.
Transbordo- me de suas crenças com religioso prazer para
segurar tua mão no fim deste rio repleto de ideais e lhe fazer compreender que
em meu peito guardo a tua morada e somente a ti reservo tamanha importância.
Você insistiu para não partir, porem nunca disse para permanecer,
oferecendo- me parte de suas vaidades como tributo.
Figura- se alguém que encontra poesia no breu, todavia não
entregas o fundamental e a que tenho tanto preso, a verdade sobre nós.