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domingo, 19 de julho de 2015

Sophia







Outro lance de escadas, com as mãos sujas toquei as vestes do céu.

Secou- me os olhos e hidratou-me a garganta que tanto chamou pelo nome desesperadamente a procura de amor.

Não possuí sinais vitais, cura equivalente para o silêncio no quarto de paredes amarelas que tão pouco ventila o oxigênio que necessito, então por que esperar você entrar por aquela porta?

Estou no topo do mundo onde os pulmões não sabem trabalhar sozinhos, é onde tua boca esquece meu nome e vivemos individualmente nossa necessidade de amor como  dois estranhos ao cruzar a rua.

A noite não tarda a chegar com seus olhos sobre os inocentes apaixonados, aguardando-os perecer em sua própria solidão, porém tamanho temor é como um simples dia nublado em uma realidade onde o que sinto é jogado em seu próprio rio de águas correntes e parte para um imenso mar, caindo em total esquecimento...

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