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terça-feira, 14 de junho de 2016

Eva









O vento congelou a emoção e o horizonte cortou ao meio a luz da tarde que partia quando o escuro resplendor de nuvens que consigo espalhou o véu da noite encontrava nossos olhos.

Nossos passos seguiram abençoados e decididos por não macular este momento, dispostos a desvendar os inalcançáveis segredos do amor em um mais profundo oceano de desencontros.

A indecisão foge ao peito, parece não encontrar o medo que alimente seu estado, subitamente corre para longe de nossos corpos como um animal selvagem recua ao homem hostil.


Seguimos sonhando e transbordando a paz em distancias semelhantes as nuvens  sobre nós, como quem acredita na eternidade de nossa existência, como quem insiste em permanecer amor enquanto deixa de existir.

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