A sombra antes curvada em reverência, hoje aponta a lança em
sua direção.
Os ídolos queimam no quintal em uma fogueira improvisada,
sob o chão de concreto vê sua ultima luz.
O dia está escuro, por vezes parei de respirar, a lança
agora junta- se ao peito, encara o centro do alvo como sua ambição letal.
Ao longe existe uma continuidade, o som dos carros transitando
sobre o asfalto orienta os ouvidos, o vento encontra as cortinas da sala
oferecendo vida e movimenta as rosas estampadas sobre o tecido, um cão late
indiscriminadamente alertando o perigo irreal.
Permita explicar a ausência de amor, rabiscar promessas em
madeira e protagonizar o desprezível culto, entre o altar e a amante toda a insanidade em
um pacto decadente e superficial ao ponto de não podemos distinguir o que
queima ao fim.
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