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sábado, 24 de junho de 2017

Bach- Cello Suite No. 5 Prelude






Escadas longas e estreitas, paredes escuras como a noite e uma luz vermelha que incomoda aos olhos. Um sorriso próximo convida- me para o caos.

Não paguei as entradas, a bebida manteve a mão direita ocupada o tempo todo enquanto as luzes coloridas ofuscava a visão entorpecida, uma dimensão paralela e frenética contagia o corpo cansado de um dia cheio, convencendo a prosseguir.

Gente estranha cruzando em uma vida oposta  e singular, sorrisos vazios, nublados como a noite que corria próxima do fim.

Ouro branco, cigarros baratos e um dólar, o poema genérico reescreve o poeta, alguém que acordou, mas perdeu a hora e ninguém notou ao fim. O próprio pecado travestido de homem, corrompido por uma lama que impregnou os olhos e o cegou.

Cheio de vaidades, a própria liberdade em escolher o caminho de fato o limitou, e agora em um lugar sozinho alguém repousa ao lado distante e anestesiada, confiou- me a própria segurança como quem descobre um fio de fé sobre o mais perverso coração.

Irei a acordar e sair pela porta da frente, esquecer o que aconteceu aqui, pois não lancei promessas e o tempo apressa o passo de quem não coube permanecer em lugar algum.

O dia inicia seu compasso e algum tempo depois já não recordo- me a noite ou os rostos, sorria e seguia o instinto, certo que a melhor opção era continuar assim.








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