Translate

terça-feira, 26 de julho de 2016

Senhor Enkeli






Ela dançava descalça no meio da sala, crente que estava ao centro de seu coração, amando o nobre e misterioso Senhor Enkeli.

Ela caminhou para a beira do mar, enterrou seus medos na areia e aguardou a maré subir afim de carrega-los para longe das margens.

O senhor Enkeli vende suas promessas, faz de sonhos alheios sua órbita. Ao fim diz nunca ser o satélite ao seu amor, o centro indicado nada foi além de uma ponte cujo o fim é seu abismo.

O senhor Enkeli diz tocar seu rosto como nunca antes outro, mas encanta ao tocar a  pluralidade de outras faces aprisionadas a ele, sobre seu denominado e reservado amor, o mesmo que entregará ao chão os joelhos de outra iludida mulher, este amor que cobrará por pouco e causar imensa devastação em outra oportunidade.

Senhor Enkeli vai partir, deixar seus rastros por todos os cantos, para que você recorde por toda a casa. Vai voltar e certificar- se em ti sobre o feito, viver o que não lhe pertence. Seu ciclo não fala de amor, abomina o que por ocasião deveria possuir, contudo ele busca indiscriminadamente  determinar sua capitania, seu jogo de tensão o faz dominar e vencer custando a outra parte o preço de um crime ao qual ela foi a vítima.

Ele permanece longe, aguarda o momento em que a sombras que a convenceram antes sejam eficazes em tempos atuais, aplica seu jogo desonesto e agridoce de um amor que ele não acredita sobre um pretexto qualquer, encobrindo sua vaidade em controlar, onde sentimentos não são parte comum.


Nenhum comentário: