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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Chuva no Ocidente





Ameacei chover, desejei voltar para as águas do sertão que tanto amei. Pensar que fui água que matou sua necessidade, pensar que fui a quantidade que lhe afogou.

Especula minha partida, espera por outra estação, quando de fato faço- me em pedaços aos poucos como chuva em um fim de tarde anunciando o  verão.

Afano suas palavras ao me notar como oceano, acompanho seu barco ao ocidente de seus sonhos. Em parte fui lágrima que desprendeu de seus olhos, outrora fui onda que absorveu.


Trago vida em minha existência, lavo outra vez seus olhos irrigados de decepção, sou o som que em seu telhado faz a música que conforta em uma noite chuvosa, mas morre de amores por um sol que tão pouco fez por ti

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