Perdi a hora e os sapatos procurando as chaves e os cigarros,
entre tanta lucidez, mal fui capaz de explicar como cheguei aqui.
Enterrei um parente e um cachorro enquanto velava uma
história de amor que de fato nunca amei.
São meia dúzia de portas abertas e
dentes brancos sorrindo sob uma valsa estrangeira que por outro lado faz
sorrir.
Recuso algo para beber e fumo minhas besteiras suplicando
redenção por cada absurda conclusão que chego, rezando baixinho para que desta
vez eu esteja errado sobre cada uma.
O dia corta o breu da noite, o café suspende o efeito do álcool,
a dor repele os artifícios sobre o amor. Amor é papo para outro cigarro, uma
dose para um coração no sense em outro peito, em outra vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário