Padre... Eu pequei...
Não fui um bom menino, não casei ou ao menos tenho filhos.
Cedo, perdi meus pais e no crime encontrei o conforto de um
bom apartamento.
Matei muitos, alguns mereciam de fato a bala em seu peito,
outros eram apenas pobres homens buscando o melhor futuro para os seus filhos.
Invadi casas e apartamentos apenas para cumprir as vontades
de gente poderosa e podre.
Senti prazer com mulheres que eram vítimas de uma sociedade
e em troca não lembrei ao menos o nome de uma alguma.
Não possuo parentes ou amigos, mesmo rodeado de sorrisos e
glamour dentro da alta cúpula do país.
Não comi peixe na semana santa ou arrumei a cama antes de
sair de casa.
Rastejo meus 45 anos de idade e hoje busco minha redenção
antes de meu último trabalho.
O padre escutava com religiosa ponderação, porém não
resistiu ao questionar sobre quem seria a próxima e última vítima. Logo o homem
responde:
Padre... O senhor será o último...
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