Fui viver o mundo e só voltei para te contar.
Troquei o diploma da universidade por uma dose de gim.
Dias em que amei e dias em que fui amado.
Brasília, Salvador ou Recife, todos somados em um grande
punhado de terra chamado Brasil.
Minha terra, terra essa de Emanuela ou Amanda.
Conheci gente feliz e triste que abracei como um velho irmão
que não encontrava há tanto tempo.
Fui história na tímida menina do campo ou abraço na tristeza
do primo de sangue para que ao fim pudesse ser amado ao amanhecer nos braços da
moça de cabelos dourados.
As portas sempre estiveram abertas, apenas fui corajoso em
entrar por elas.
Fui feliz ao festejar com uma garrafa do mais sofisticado
vinho, bons drink’s na praia ou na simplicidade de uma garrafa de vodka
nacional em uma casa de barro com bons companheiros a festejar.
Muito aprendi com um velho senhor na praça da cidade ou com
as crianças brincando na rua.
Gente que chegava trazendo alegria ou gente que partia
deixando saudades.
Buscando ser a refinada magia em uma frase de minha própria
autoria ou apenas dizendo duas palavras.
Pilotando a vida sem capacete, questionando ou questionado,
vivendo contos que não escrevi.
Gente de muito longe ou perto, até mesmo de outro país,
sempre embarcando no inusitado modo de ser gente feliz!
Natal ou Cuiabá, me perdendo no bairro 1° de Março para
depois me encontrar nos delírios da rua Conto de Areia.
Sem aviso prévio ou nome na folha de pagamento.
Até onde o converse preto resistir em caminhar ou a ventania
do litoral assim permitir.
Contemplando o sorriso da amada ou assistindo ela partir.
E se por um instante, em qualquer lugar desta terra você
escutar o meu nome, jamais se espante com o sorriso que nascerá no rosto de
quem por mim chama.
Esse é meu jeito de ser eterno irmão. Deixando sempre uma
parte de mim em cada metro que pisei para depois não dizer que jamais fui gente feliz.
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