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terça-feira, 15 de abril de 2014

Meu jeito de ser gente feliz




Fui viver o mundo e só voltei para te contar.

Troquei o diploma da universidade por uma dose de gim.

Dias em que amei e dias em que fui amado.

Brasília, Salvador ou Recife, todos somados em um grande punhado de terra chamado Brasil.

Minha terra, terra essa de Emanuela ou Amanda.

Conheci gente feliz e triste que abracei como um velho irmão que não encontrava há tanto tempo.

Fui história na tímida menina do campo ou abraço na tristeza do primo de sangue para que ao fim pudesse ser amado ao amanhecer nos braços da moça de cabelos dourados.

As portas sempre estiveram abertas, apenas fui corajoso em entrar por elas.

Fui feliz ao festejar com uma garrafa do mais sofisticado vinho, bons drink’s na praia ou na simplicidade de uma garrafa de vodka nacional em uma casa de barro com bons companheiros a festejar.

Muito aprendi com um velho senhor na praça da cidade ou com as crianças brincando na rua.

Gente que chegava trazendo alegria ou gente que partia deixando saudades.

Buscando ser a refinada magia em uma frase de minha própria autoria ou apenas dizendo duas palavras.

Pilotando a vida sem capacete, questionando ou questionado, vivendo contos que não escrevi.

Gente de muito longe ou perto, até mesmo de outro país, sempre embarcando no inusitado modo de ser gente feliz!

Natal ou Cuiabá, me perdendo no bairro 1° de Março para depois me encontrar nos delírios da rua Conto de Areia.

Sem aviso prévio ou nome na folha de pagamento.

Até onde o converse preto resistir em caminhar ou a ventania do litoral assim permitir.

Contemplando o sorriso da amada ou assistindo ela partir.

E se por um instante, em qualquer lugar desta terra você escutar o meu nome, jamais se espante com o sorriso que nascerá no rosto de quem por mim chama.

Esse é meu jeito de ser eterno irmão. Deixando sempre uma parte de mim em cada metro que pisei para depois não dizer que jamais fui gente feliz.

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