Recordo- me de um banco de concreto e o quanto chorei
assentado sobre ele...
Meus olhos vermelhos devido à super irrigação somada à uma
noite em claro trouxe um sentimento desesperador de derrota.
Foi impossível ensaiar um sorriso bonito ao chegar a casa.
Os animais domésticos respeitaram minha dor distraída em cigarros e álcool.
Deitei- me sobre a rede estendida em um corredor estreito da
casa, observei o fantástico céu azul que Deus, em sua glória, me ofereceu aquela
manhã enquanto minha razão havia desertado.
O sonho, hoje está só...
Com as horas escapando por meus dedos, a dor padronizou
minha angústia e roteirizou as distorcidas imagens de todos os fatos ainda
recentes até o exato momento em que fui atingido por fogo amigo.
O quintal se encontrava em um estado de silêncio profundo no
início da tarde, o céu possuía algumas poucas nuvens com formas que a retina
foi incapaz de solidificar em objetos terrestres.
O coração embalou ao som de uma melodia qualquer despeça no
vento até que a paz preenchesse meu coração. O som partiu depois que adormeci na
rede do estreito corredor da casa vazia
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