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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Falando Sozinho






A garrafa de vinho foi devorada, os pensamentos expandidos tomam formas confiantes, determinadas, digna de um notável líder.

A garoa escondida na escuridão se revela sobre a luz do poste de eletricidade, o cheiro da noite causa nostalgia de alguns momentos fantásticos vividos.

O som toca Cazuza em volume reduzido, a melodia faz meu coração funcionar lentamente, copiando o tic-tac do relógio de parede, os pulmões buscam o ar.

Jamais aceitei como justiça as atitudes que tornaram aquela menina em uma senhora, creio que tudo que é construído sem base na areia, em algum momento tende a desabar, porém ele tinha pouco amor e um bom dinheiro, hoje a garantia de um teto é mais vantajosa que lutar com as próprias mãos para merece- ló.

O turbilhão de pensamentos livres é constante, a TV exibe um filme ruim e não aceitei o convite das belas curvas de uma mulher durante a tarde.

Estou procurando controlar essa tendência destrutiva que possuímos e reflete sempre em quem amamos, é algo que surge do profundo egoísmo em não analisar as consequências de palavras lançadas ou gestos, é perigosa tal reação, basta uma expressão e alguém se torna prisioneiro em um limbo eterno de uma simples vaidade sua.

Sim... Ela disse que me amava, mas aprendi a conviver com isso depois de tanto tempo, você cresce enquanto passa por essas dificuldades, no fim recebi o papel de vilão, pois foi o que sobrou.

No fim, esses são bons tempos... e o prazer está escondido no final de cada curva.

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